Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 20
Filtrar
1.
Cult Health Sex ; 25(8): 1055-1069, 2023 08.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36153738

RESUMO

This paper addresses the role emotions play in the social assemblage of medicines and technical processes in the response to the HIV called pre-exposure prophylaxis (PrEP) for HIV. We describe a series of stages and processes in the social construction of PrEP in Brazil from the run-up to the launch of the initiative by the Ministry of Health to the subsequent implementation of the strategy by public health services. To understand the meanings and symbolism assigned to this biomedical technology, we examined the hopes underpinning scientific, government and non-governmental narratives, clinical processes and health policy. The social trajectory of PrEP was influenced not only by these hopes but also by fears and concerns about the impact of this approach to HIV prevention on lifestyles and modes of sexual governance. The evidence used in this study comes from interviews with health professionals and AIDS activists, anthropological fieldwork, scientific articles and documentary analysis. Our findings provide important insights into how emotions have shaped the meanings assigned to PrEP and shed light on the complex game of negotiation involved in defining responses to the HIV epidemic.


Assuntos
Fármacos Anti-HIV , Infecções por HIV , Profilaxia Pré-Exposição , Humanos , Masculino , Infecções por HIV/prevenção & controle , Infecções por HIV/tratamento farmacológico , Brasil , Fármacos Anti-HIV/uso terapêutico , Tecnologia Biomédica , Princípios Morais , Homossexualidade Masculina/psicologia
2.
Physis (Rio J.) ; 33: e33082, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1529165

RESUMO

Resumo O artigo objetiva analisar os significados do uso da PrEP entre gays, mulheres trans e travestis no Rio de Janeiro, com base em uma pesquisa sobre a biomedicalização da resposta à Aids. A análise e interpretação dos registros de diário de campo e das entrevistas nos permitiram descrever como o uso dessa tecnologia de prevenção ao HIV se dá simultaneamente com outros recursos biomédicos, intervenções estéticas, dietéticas e exercícios físicos. Argumentamos que tais cuidados de si são conformados em função das expectativas de gênero e classe e dos ideais de saúde de seus/as usuários/as. Os resultados do estudo permitem uma discussão sobre as fronteiras entre saúde, estilo de vida e aprimoramento. Conclui-se que a PrEP parece produzir uma singularização nas formas de produção de si, via aprimoramento biomédico e estético-cosmético, em um encontro sinérgico entre diferentes tecnologias, percebido tanto na rotina de uso do medicamento como no manejo de seus efeitos. Para a maioria das pessoas entrevistadas, a PrEP se acopla a um cuidado de si prévio, o que indica a localização social de seus usuários em termos de classe e gênero e a forma reflexiva a partir da qual descrevem sua saúde e a si próprias.


Abstract The article has analyzed the meanings of the use of PrEP among gay man, trans women, and travestis in Rio de Janeiro, based on research on the biomedicalization of the response to AIDS. The analysis and interpretation of the field diary entries and interviews allowed us to describe how the use of this HIV prevention technology occurs simultaneously with other biomedical resources, aesthetics, dietary interventions, and physical exercises. We argue that such self-care is shaped according to the expectations of gender and class and the health ideals of their users. The results of the study allow us to discuss the boundaries between health, lifestyle, and enhancement. It is concluded that PrEP seems to produce a singularization in the forms of self-production, via biomedical and aesthetic-cosmetic enhancement, in a synergistic encounter between different technologies; perceived both in the routine use of the drug and in the management of its effects. For most of the people interviewed, PrEP is coupled with a previous self-care, which indicates the social location of its users in terms of class and gender and the reflexive way from which they describe their health and themselves.

3.
Glob Public Health ; 17(11): 3160-3174, 2022 11.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-33736567

RESUMO

In 2012, the World Health Organization guidelines for HIV prevention recommended the decriminalisation of sex work as their number one good practice. Although human rights language played a key role in the international scientific and activist endorsement of the WHO policies, since then there have been few initiatives in terms of advancing the kinds of structural and political changes endorsed. In this Commentary, we reflect on sex work's place in the broader field of the biomedicalization of responses to HIV. The analysis is based on literature reviews and our research trajectories, including preliminary results from a qualitative study on the implementation of PrEP in Rio de Janeiro, Brazil. We argue that sex workers occupy an ambiguous and less visible role in current AIDS policies, and that such policies are increasingly characterised by their prioritisation of biomedical approaches over structural factors. These shifts should be understood as part of a broader, global hegemony of clinical responses to HIV prevention and the continuation of a neoliberal discourse around human rights, without adequate investment in the material conditions necessary to guarantee these rights.


Assuntos
Infecções por HIV , Direitos Humanos , Trabalho Sexual , Humanos , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Trabalho Sexual/legislação & jurisprudência , Profissionais do Sexo
4.
Saúde debate ; 46(spe7): 103-116, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424603

RESUMO

RESUMO Diversos estudos descrevem as condições de vulnerabilidade social das pessoas trans e suas experiências de discriminação nos serviços de saúde. Tais situações dificultam o acesso dessa população à promoção e ao cuidado em saúde e, no caso particular da Aids, resultam na baixa adesão à prevenção e ao tratamento. Este artigo discute as estratégias para o acesso aos serviços públicos de saúde e à prevenção ao HIV desenvolvidas por travestis e mulheres trans da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A reflexão baseou-se em dois estudos: um sobre testagem de HIV e outro sobre o uso das tecnologias biomédicas de prevenção (PrEP, PEP). Os achados, decorrentes da observação participante e de entrevistas, demonstram que a produção do cuidado em saúde desse grupo se constrói alicerçada em uma certa solidariedade política, aqui denominado de irmandade, que medeia a relação de travestis e mulheres trans com o território, os dispositivos de saúde e a experiência com o HIV/Aids. Tais dados sugerem a importância de as políticas de saúde considerarem as condições de vulnerabilidade das pessoas trans, as demandas concernentes à: autonomia e autodeterminação na produção de saúde; legitimação de suas formas de subjetivação e cuidado de si; especificidade da relação entre pares.


ABSTRACT Several studies describe the conditions of social vulnerability of transgender people and their experiences of discrimination in health services. Such situations make it difficult for this population to access health promotion and care and, in the particular case of AIDS, result in low adherence to prevention and treatment. This article discusses the strategies for accessing public health services and HIV prevention developed by travestis and transgender women in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro. The reflection is based on two studies, one on HIV testing and the other on the use of biomedical prevention technologies (PrEP, PEP). The findings, resulting from participant observation and interviews, indicate that the production of health care for this group is built from a certain political solidarity, here called sisterhood, which mediates the relationship of travestis and transgender women with the territory, the devices of health, and the experience with HIV/AIDS. Such data suggest the importance of health policies considering the conditions of vulnerability of trans people, the demands concerning: autonomy and self-determination in the production of health; legitimation of their forms of subjectivation and self-care; specificity of the relationship between peers.

6.
Cien Saude Colet ; 24(5): 1793-1807, 2019 May 30.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31166513

RESUMO

According to current global AIDS guidelines, HIV testing is key to the success of the 'treatment as prevention' (TasP) strategy and the control of AIDS. In view of Brazil's commitment to these guidelines, this article characterizes the principles and justifications underpinning TasP and discusses implementation challenges. The analysis draws on a systematic review of the literature (2005 to 2015) on recruitment and testing strategies for men who have sex with men. This approach was adopted based on the assumption that current knowledge on HIV testing can offer valuable insights into the foundations of global AIDS policies and their uptake in local contexts. Based on the analysis of the 65 articles selected, we suggest that TasP represents a shift in the AIDS prevention paradigm. There is an overlap between prevention and care and the new approach places major emphasis on biomedical and psychological knowledge. The TasP approach fails to address the factors associated with HIV vulnerability and the stigma surrounding AIDS and undermines the participation of activists and PLWHA as autonomous producers of preventive of preventive practices. We argue that, to ensure the effective implementation of TasP in Brazil, it is necessary to discuss issues such as the protection of human rights and the structural problems facing Brazil's public health system.


Segundo as diretrizes globais atuais, a realização do teste anti-HIV é crucial para o sucesso da estratégia do 'tratamento como prevenção' (TcP) e controle da Aids. Dado o compromisso do Brasil com essa política, este artigo objetiva caracterizar os princípios e justificativas do TcP e discutir os desafios da sua implementação. A reflexão é orientada por uma revisão sistemática da literatura internacional de 2005 a 2015 sobre estratégias de captação e oferta do teste do HIV entre homens que fazem sexo com homens (HSHs). Tal escolha parte do pressuposto de que a produção acadêmica é uma fonte relevante para compreender os fundamentos e apropriações das políticas globais de Aids nos contextos locais. Segundo a análise dos 65 artigos selecionados, a TcP opera uma transformação no paradigma preventivo. Prevalece uma superposição entre prevenção e assistência, sugerindo maior peso aos conhecimentos e práticas biomédicos. Esse enfoque não contempla o enfrentamento de fatores estruturais associados à vulnerabilidade ao HIV e ao estigma da Aids e a participação de ativistas e PVHA como produtores autônomos de praticas preventivas. Argumentamos que a efetividades da TcP no Brasil requer uma discussão sobre a garantia dos direitos humanos e problemas estruturais e programáticos do sistema público de saúde.


Assuntos
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/diagnóstico , Infecções por HIV/diagnóstico , Programas de Rastreamento/métodos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Homossexualidade Masculina , Humanos , Masculino , Guias de Prática Clínica como Assunto , Saúde Pública , Minorias Sexuais e de Gênero , Estigma Social
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(5): 1793-1807, Mai. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001801

RESUMO

Resumo Segundo as diretrizes globais atuais, a realização do teste anti-HIV é crucial para o sucesso da estratégia do 'tratamento como prevenção' (TcP) e controle da Aids. Dado o compromisso do Brasil com essa política, este artigo objetiva caracterizar os princípios e justificativas do TcP e discutir os desafios da sua implementação. A reflexão é orientada por uma revisão sistemática da literatura internacional de 2005 a 2015 sobre estratégias de captação e oferta do teste do HIV entre homens que fazem sexo com homens (HSHs). Tal escolha parte do pressuposto de que a produção acadêmica é uma fonte relevante para compreender os fundamentos e apropriações das políticas globais de Aids nos contextos locais. Segundo a análise dos 65 artigos selecionados, a TcP opera uma transformação no paradigma preventivo. Prevalece uma superposição entre prevenção e assistência, sugerindo maior peso aos conhecimentos e práticas biomédicos. Esse enfoque não contempla o enfrentamento de fatores estruturais associados à vulnerabilidade ao HIV e ao estigma da Aids e a participação de ativistas e PVHA como produtores autônomos de praticas preventivas. Argumentamos que a efetividades da TcP no Brasil requer uma discussão sobre a garantia dos direitos humanos e problemas estruturais e programáticos do sistema público de saúde.


Abstract According to current global AIDS guidelines, HIV testing is key to the success of the 'treatment as prevention' (TasP) strategy and the control of AIDS. In view of Brazil's commitment to these guidelines, this article characterizes the principles and justifications underpinning TasP and discusses implementation challenges. The analysis draws on a systematic review of the literature (2005 to 2015) on recruitment and testing strategies for men who have sex with men. This approach was adopted based on the assumption that current knowledge on HIV testing can offer valuable insights into the foundations of global AIDS policies and their uptake in local contexts. Based on the analysis of the 65 articles selected, we suggest that TasP represents a shift in the AIDS prevention paradigm. There is an overlap between prevention and care and the new approach places major emphasis on biomedical and psychological knowledge. The TasP approach fails to address the factors associated with HIV vulnerability and the stigma surrounding AIDS and undermines the participation of activists and PLWHA as autonomous producers of preventive of preventive practices. We argue that, to ensure the effective implementation of TasP in Brazil, it is necessary to discuss issues such as the protection of human rights and the structural problems facing Brazil's public health system.


Assuntos
Humanos , Masculino , Infecções por HIV/diagnóstico , Programas de Rastreamento/métodos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/diagnóstico , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Saúde Pública , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Guias de Prática Clínica como Assunto , Homossexualidade Masculina , Estigma Social , Minorias Sexuais e de Gênero
9.
Cad Saude Publica ; 35(4): e00111318, 2019.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-30994743

RESUMO

Given both the changes in sexual customs, norms and policies and the persistent patterns in Brazil, the article analyzes the experiences of transgender women/transvestites with access to health services and discusses sexual/gender discrimination and their demands for gender transition and AIDS prevention services. The study involved interviews with nine transgender women/transvestites 23-45 years of age from low-income strata in the Baixada Fluminense region of Greater Metropolitan Rio de Janeiro, Brazil, in 2016 and observation of contexts of prostitution and sociability. Compared to the violence experienced years previously, the narratives of transgender women/transvestites highlight important social strides. They report that health professionals do not discriminate against them based on their condition, although they resist calling them by their social names. This embarrassment and the structural problems of the Brazilian Unified National Health System (SUS) are minimized by the agency of trans women/transvestites in obtaining care, such as recourse to contact networks and awareness of their civil rights. The narratives on their search for body changes for transitioning often reveal a tense combination of the technologies offered by health services and those managed by transvestites themselves. Although AIDS policies focus on measures for trans women/transvestites, HIV prevention is not among their main demands on health services. There are subjective barriers for accessing services, resulting from internalized stigma and the association of HIV infection with their living conditions. Improvement in healthcare for the trans/travestite population requires a debate on structural problems in the SUS, the defense of its expanded view of care, and investments in professional training.


Frente às mudanças e permanências nos costumes, normas e políticas sexuais no Brasil, o artigo analisa as experiências de acesso de mulheres trans/travestis aos serviços de saúde e discute a discriminação sexual/de gênero e as suas demandas aos serviços de transição de gênero e prevenção da aids. O estudo envolveu entrevistas com nove mulheres trans/travestis, de 23-45 anos, das camadas populares da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas em 2016, e observações de contextos de prostituição e sociabilidade. Comparando com as agressões vividas anos atrás, as narrativas das mulheres trans/travestis destacam avanços sociais. Relatam que os profissionais não as discriminam por sua condição, embora haja resistência ao uso do nome social. Esse constrangimento, somado aos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde (SUS), são minimizados devido à agência das trans/travestis para obter atendimento, seja pelo recurso às redes de contatos, seja por sua consciência de direitos de cidadania. As narrativas sobre a busca por mudanças corporais para a transição de gênero revelam uma conjugação, por vezes tensa, entre as tecnologias oferecidas nos serviços de saúde e aquelas manejadas pelas travestis. Embora as políticas de aids focalizem ações para trans/travestis, a prevenção do HIV não está entre as suas principais demandas aos serviços. Há obstáculos de ordem subjetiva para acessar os serviços, decorrentes do estigma internalizado e da associação da infecção pelo HIV com suas condições de vida. A melhoria da atenção em saúde da população trans/travesti requer um debate sobre os problemas estruturais do SUS, a defesa da visão ampliada de cuidado do sistema e investimentos na capacitação profissional.


Frente a los cambios y permanencias culturales, normativas y políticas en Brasil, el artículo analiza las experiencias de acceso de mujeres trans/travesti a servicios de salud, y discute la discriminación sexual/de género y sus demandas respecto a los servicios de transición de género y prevención del SIDA. En el estudio se realizaron entrevistas con nueve mujeres trans/travestis, de 23-45 años, procedentes de estratos populares, de la Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas en 2016 y observaciones en contextos de prostitución y sociabilidad. Comparando las agresiones vividas en el pasado, los relatos de las mujeres trans/travesti destacan avances sociales. Describen que los profesionales no las discriminan por su condición, aunque haya resistencia al uso del nombre social. Este inconveniente, sumado a los problemas estructurales del Sistema Único de Saúde (SUS), son minimizados devido a la agencia de las trans/travestis para obtener atención, gracias a las redes de contactos y su conciencia sobre sus derechos como ciudadanas. Los relatos sobre la búsqueda de cambios corporales para la transición de género revelan una tensión, entre las tecnologías ofrecidas por los servicios de salud y aquellas que manejan las travestis. Aunque las políticas de SIDA enfaticen acciones orientadas a trans/travestis, la prevención del VIH no está entre sus principales demandas de servicios. Existen obstáculos de carácter subjetivo para acceder a estos servicios, derivados del estigma internalizado y de la asociación de la infección por VIH con sus condiciones de vida. La mejora de la atención en salud de la población trans/travesti requiere un debate sobre los problemas estructurales del SUS, la defensa de su visión amplia de cuidado e inversiones en la capacitación profesional.


Assuntos
Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Pessoas Transgênero , Travestilidade , Adulto , Brasil , Atenção à Saúde , Feminino , Identidade de Gênero , Infecções por HIV/prevenção & controle , Acesso aos Serviços de Saúde , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Pesquisa Qualitativa , Discriminação Social , Adulto Jovem
10.
Glob Public Health ; 14(5): 764-776, 2019 05.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-30442074

RESUMO

Global AIDS policy points to a new prevention rationale centred on the identification and treatment of people infected with HIV, particularly among the so-called key populations. This study analyses the continuities and changes in HIV testing strategies based on a meta-narrative review of academic output (2005-2015) focusing on men who have sex with men. We reviewed 65 articles based on their prevention approaches, testing strategies and the involvement of non-governmental organisations (NGOs) and community-based organisations. The analysis found continuities in HIV testing strategies in addition to changes. A new focus is reflected in the expansion and diversification of testing offered, the reduced importance of counselling, an emphasis on condom use associated with test results and on the absence of active participation of NGOs in implementing social responses to AIDS. Our findings indicate a systematic lack of problematising the potential ethical, political and cultural issues surrounding HIV testing as a strategy to control the epidemic. The findings of our study reinforce criticisms of the biomedicalization of current HIV-related policies, and reiterate the importance of combining progress achieved in increasing access to diagnosis and treatment with the historical achievements of social responses to AIDS.


Assuntos
Infecções por HIV/diagnóstico , Homossexualidade Masculina , Programas de Rastreamento/organização & administração , Medicalização , Aconselhamento , Saúde Global , Humanos , Masculino , Medicina Narrativa
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(4): e00111318, 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001655

RESUMO

Frente às mudanças e permanências nos costumes, normas e políticas sexuais no Brasil, o artigo analisa as experiências de acesso de mulheres trans/travestis aos serviços de saúde e discute a discriminação sexual/de gênero e as suas demandas aos serviços de transição de gênero e prevenção da aids. O estudo envolveu entrevistas com nove mulheres trans/travestis, de 23-45 anos, das camadas populares da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas em 2016, e observações de contextos de prostituição e sociabilidade. Comparando com as agressões vividas anos atrás, as narrativas das mulheres trans/travestis destacam avanços sociais. Relatam que os profissionais não as discriminam por sua condição, embora haja resistência ao uso do nome social. Esse constrangimento, somado aos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde (SUS), são minimizados devido à agência das trans/travestis para obter atendimento, seja pelo recurso às redes de contatos, seja por sua consciência de direitos de cidadania. As narrativas sobre a busca por mudanças corporais para a transição de gênero revelam uma conjugação, por vezes tensa, entre as tecnologias oferecidas nos serviços de saúde e aquelas manejadas pelas travestis. Embora as políticas de aids focalizem ações para trans/travestis, a prevenção do HIV não está entre as suas principais demandas aos serviços. Há obstáculos de ordem subjetiva para acessar os serviços, decorrentes do estigma internalizado e da associação da infecção pelo HIV com suas condições de vida. A melhoria da atenção em saúde da população trans/travesti requer um debate sobre os problemas estruturais do SUS, a defesa da visão ampliada de cuidado do sistema e investimentos na capacitação profissional.


Frente a los cambios y permanencias culturales, normativas y políticas en Brasil, el artículo analiza las experiencias de acceso de mujeres trans/travesti a servicios de salud, y discute la discriminación sexual/de género y sus demandas respecto a los servicios de transición de género y prevención del SIDA. En el estudio se realizaron entrevistas con nueve mujeres trans/travestis, de 23-45 años, procedentes de estratos populares, de la Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas en 2016 y observaciones en contextos de prostitución y sociabilidad. Comparando las agresiones vividas en el pasado, los relatos de las mujeres trans/travesti destacan avances sociales. Describen que los profesionales no las discriminan por su condición, aunque haya resistencia al uso del nombre social. Este inconveniente, sumado a los problemas estructurales del Sistema Único de Saúde (SUS), son minimizados devido a la agencia de las trans/travestis para obtener atención, gracias a las redes de contactos y su conciencia sobre sus derechos como ciudadanas. Los relatos sobre la búsqueda de cambios corporales para la transición de género revelan una tensión, entre las tecnologías ofrecidas por los servicios de salud y aquellas que manejan las travestis. Aunque las políticas de SIDA enfaticen acciones orientadas a trans/travestis, la prevención del VIH no está entre sus principales demandas de servicios. Existen obstáculos de carácter subjetivo para acceder a estos servicios, derivados del estigma internalizado y de la asociación de la infección por VIH con sus condiciones de vida. La mejora de la atención en salud de la población trans/travesti requiere un debate sobre los problemas estructurales del SUS, la defensa de su visión amplia de cuidado e inversiones en la capacitación profesional.


Given both the changes in sexual customs, norms and policies and the persistent patterns in Brazil, the article analyzes the experiences of transgender women/transvestites with access to health services and discusses sexual/gender discrimination and their demands for gender transition and AIDS prevention services. The study involved interviews with nine transgender women/transvestites 23-45 years of age from low-income strata in the Baixada Fluminense region of Greater Metropolitan Rio de Janeiro, Brazil, in 2016 and observation of contexts of prostitution and sociability. Compared to the violence experienced years previously, the narratives of transgender women/transvestites highlight important social strides. They report that health professionals do not discriminate against them based on their condition, although they resist calling them by their social names. This embarrassment and the structural problems of the Brazilian Unified National Health System (SUS) are minimized by the agency of trans women/transvestites in obtaining care, such as recourse to contact networks and awareness of their civil rights. The narratives on their search for body changes for transitioning often reveal a tense combination of the technologies offered by health services and those managed by transvestites themselves. Although AIDS policies focus on measures for trans women/transvestites, HIV prevention is not among their main demands on health services. There are subjective barriers for accessing services, resulting from internalized stigma and the association of HIV infection with their living conditions. Improvement in healthcare for the trans/travestite population requires a debate on structural problems in the SUS, the defense of its expanded view of care, and investments in professional training.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Travestilidade , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Atenção à Saúde , Pesquisa Qualitativa , Discriminação Social , Identidade de Gênero , Acesso aos Serviços de Saúde
13.
Interface (Botucatu, Online) ; 23: e180410, 2019. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1012469

RESUMO

As políticas globais e nacional de resposta à Aids têm enfatizado atualmente o tratamento como prevenção, as profilaxias pós e pré-exposição ao HIV e a prevenção combinada. O artigo analisa a tradução dessas políticas no âmbito local, com base em uma pesquisa social em municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro centrada no contexto programático de prevenção e cuidado do HIV/Aids e na vulnerabilidade ao HIV de gays, travestis e prostitutas. Os hiatos entre as diretrizes e os contextos locais são abordados a partir de quatro temas: ampliação da oferta de testagem; desafios das ações focalizadas; distância entre testar e tratar; e o alcance das combinações na prevenção combinada. Buscamos demonstrar a importância da compreensão dos processos sociais que perpassam a implementação das estratégias preconizadas globalmente, que precisam ainda ser consideradas no enfrentamento da epidemia.(AU)


Global and national AIDS response policies emphasize treatment as prevention, pre and post- exposure prophylaxis, and combination prevention. This article analyzes the implementation of such policies at local level drawing on the findings of a social study conducted in municipalities in the metropolitan region of Rio de Janeiro , Brasil, centered on HIV/AIDS prevention and care and the vulnerability of gays, transvestites, and prostitutes. The gaps between policy and local action are addressed focusing on four issues: the expansion of HIV testing, challenges facing targeted actions, the distance between testing and treatment, and the reach of combinations in combination prevention. We demonstrate the importance of understanding the social processes that cut across the implementation of the global recommendations and guidelines and suggest that these processes must to be taken into account to effectively tackle the HIV/AIDS epidemic.(AU)


Las políticas globales y nacional de respuesta al Sida han enfatizado actualmente el tratamiento como prevención, las profilaxis post y preexposición al VIH y la prevención combinada. El artículo analiza la traducción de esas políticas en el ámbito local, con base en una investigación social en municipios de la región metropolitana de Río de Janeiro, Brasil, centrada en el contexto programático de prevención y cuidado del VIH/Sida y la vulnerabilidad al VIH de gais, travestis y prostitutas. Los hiatos entre las directrices y los contextos locales se abordan a partir de cuatro temas: ampliación de la oferta de testes, desafíos de las acciones focalizadas, la distancia entre el teste y el tratamiento y el alcance de las combinaciones en la prevención combinada. Buscamos demostrar la importancia de la comprensión de los procesos sociales presentes en la implementación de las estrategias preconizadas globalmente que todavía tienen que llevarse en consideración en el enfrentamiento de la epidemia.(AU)

14.
Physis (Rio J.) ; 28(2): e280204, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-955479

RESUMO

Abstract Global AIDS guidelines have prioritized the expansion of HIV testing among the groups most exposed to the virus, such as those referred to as men who have sex with men (MSM). This paper analyses the relationships between the production of prevention strategies and sexual moralities based on the results of a systematic review of academic literature about testing with gays and MSM (2005-2015, using the PubMed, Sociological Abstract and Lilacs databases). The analysis of 65 articles reveals the recruitment strategies for identifying target-subjects and how they are held responsible for their serological self-surveillance, including routine tests. The findings also point to a diversification of testing locations. Implicit assumptions about sexuality and gay affection are conveyed through the interventions' emphasis on sociability spaces and occasional sex, especially when facilitated by the use of apps. Attentive to the symbolic dimensions of the new prevention technologies and strategies, we argue that the expansion of testing with a focus on "MSM" signals a displacement of health interventions. If before actions to control the epidemic sought to intervene in sexual practices, the current efforts are concentrated on promoting self-surveillance of one's serological status.


Resumo As diretrizes globais de prevenção da Aids têm priorizado a ampliação da testagem do HIV entre grupos mais expostos ao vírus, como os denominados homens que fazem sexo com homens (HSH). Com base em revisão sistemática da produção acadêmica (2005-2015) nas bases PubMed, Sociological Abstract e Lilacs, sobre testagem com gays e HSH e formas de captação para diagnóstico, este trabalho analisa as relações entre produção de estratégias de prevenção e moralidades sexuais. O exame dos 65 artigos revela os modos de identificação dos sujeitos-alvo das estratégias de captação e de responsabilização pela própria vigilância sorológica, incluindo a testagem de rotina. Os achados apontam ainda a diversificação de lugares para testagem. Os pressupostos implícitos sobre sexualidade e afetividade gay se exprimem através da ênfase das intervenções nos espaços de sociabilidade e de sexo ocasional, particularmente quando facilitado pelo uso de aplicativos. Atentos à dimensão simbólica das novas estratégias e tecnologias de prevenção, argumentamos que a ampliação da testagem com foco nos "HSH" opera um deslocamento da intervenção sanitária. Se antes as medidas de controle da epidemia visavam intervir no exercício da sexualidade dos sujeitos, os esforços atuais se concentram em promover a autovigilância do estado sorológico.


Assuntos
Humanos , Masculino , Controles Informais da Sociedade , Testes Sorológicos/tendências , HIV , Homossexualidade Masculina , Sexualidade , Autoavaliação Diagnóstica , Estigma Social , Moral
16.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (14): 253-283, agosto 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-686741

RESUMO

Este artigo trata da emergência da assexualidade. Com base em uma etnografia de comunidades virtuais conformadas por sujeitos autodenominados assexuais e também de artigos que vêm sendo publicados em periódicos acadêmicos a respeito, analiso a conjugação entre política sexual e produção de conhecimento. Os nexos entre as formulações elaboradas por as-sexuais e as que são realizadas por representantes do campo científico-acadêmico estão entre os aspectos mais idiossincráticos e instigantes dessa emergência. Como uma espécie de dobradiça, o encadeamento mencionado deixa ver os atravessamentos e as preocupações que se configuram atualmente em torno do tema do desinteresse pelo sexo. Busca-se também entender como argumentos e conceitos migram, se desterritorializam e reterritorializam, constituindo-se em meio a tais movimentos e interações. No caso analisado, as agendas de ativismo e de avanço da ciência não só confluem, como parecem em certos momentos confundirem-se. Os resultados permitem uma reflexão sobre o ethos científico, sua importância não somente para o campo de estudos sobre sexo, como também para grupos marginalizados em face do ideal de democracia sexual, além de indicar certa fluidez das fronteiras entre leigos e peritos nesse campo de conhecimento.


El presente artículo se ocupa de la emergencia de la asexualidad. A partir de una etnografía en comunides virtuales conformadas por sujetos autodenominados asexuales, y de artículos publicados en periódicos científicos respecto del tema, se analiza la confluencia entre política sexual y producción de conocimiento. Los nexos entre las formulaciones elaboradas por asexuales y las realizadas por representantes del campo académico-científico se encuentran entre los aspectos más idiosincráticos e instigantes de dicha emergencia. Como una especie de bisagra, tal confluencia deja ver entrecruzamientos y preocupaciones que en la actualidad vienen configurándose en torno de la cuestión del desinterés por el sexo. Se procura, asimismo, com-prender cómo migran conceptos y argumentos, cómo se desterritorializan -y re-territorializan-, constituyéndose entre acciones y movimientos. En el caso analizado, las agendas de activismo y los avances científicos no sólo confluyen sino que, por momentos, parecen confundirse. Los resultados posibilitan una reflexión sobre el ethos científico, su importancia no sólo para el campo de estudios sobre el sexo sino también para grupos marginalizados frente al ideal de democracia sexual, además de indicar en este campo de conocimiento cierta fluidez de las fronteras entre legos y especialistas.


This paper discusses the emergence of asexuality. I analyze how sexual politics and the production of knowledge combine in online virtual communities whose members self-identify as 'asexual,' and on papers on the subject published in scholarly journals. The connections between formulations produced by asexual, and those by scholars and scientists are the most idiosyncratic and exciting aspects of this emergence. As a kind of hinge, the thread mentioned shows the crosscuts and concerns configured around the topic of sexual disinterest today. I seek to understand how arguments and concepts migrate, are de-territorialized and re-territorialized, and by virtue of those movements become set. In the case study, the agendas of activism and the advancement of science converge, and often mingle. These findings lead to reflection on the scientific ethos and its importance to the field of sexuality studies, as well as to marginalized groups, regarding the ideal of sexual democracy, about the fluidity of boundaries between lay people and experts.


Assuntos
Humanos , Comportamento Sexual , Redes Comunitárias , Políticas , Ativismo Político , Assexualidade , Pesquisa , Disseminação de Informação , Atividades Científicas e Tecnológicas
17.
Bogotá; Universidad Nacional de Colombia/;Profamilia; 2009. 142 p. tab, graf.(CLAM. Colección Documentos).
Monografia em Espanhol | LILACS | ID: lil-551739

RESUMO

Aparte de revelar aspectos poco conocidos del perfil social y político de las(os) participantes de las marchas del orgullo y, por extensión, de la población LGBT de las grandes ciudades latinoamericanas, el interés principal de esta investigación es mapear los patrones de violencia y discriminación a los que están sujetos los(as) gays, lesbianas, travestis, transexuales y bisexuales...


Assuntos
Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Homossexualidade/estatística & dados numéricos , Violações dos Direitos Humanos/estatística & dados numéricos , Violações dos Direitos Humanos/tendências , Colômbia
18.
Invest. educ. enferm ; 23(1): 102-109, mar. 2005.
Artigo em Espanhol | LILACS, BDENF - enfermagem (Brasil) | ID: lil-423102

RESUMO

El presente ensayo propone una reflexión crítica sobre las categorias envejecimiento exitoso y tercera edad a partir de un análisis de sus postulados, especialmente el que refuerza el proceso de envejecimiento saludable como el resultado de una mera opción individual. De ese modo, se busca problematizar klas accionesy discursos de la promoción de la salud dirigidos hacia el segmento poblacional de los adultos mayores y al proceso de envejecimiento, subrayando la necesidad de politización del debate de esos temas. El artículo sugiere como primordial la consideración de los diversos modos de gestión de la experiencia de la vejez en el momento de establecer estrategias de promoción de la salud a los que están envejeciendo.


Assuntos
Idoso , Envelhecimento , Promoção da Saúde
19.
Rev. latinoam. psicol ; 34(1/2): 83-93, mar. 2002.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-423959

RESUMO

Se analiza la sexualidad en la vejez con base en una revisión crítica de la literatura gerontologica sobre el particular, con énfasis en estudios brasileños. Dicho análisis se articula con datos de una investigación etnográfica realizada en el Brasil, con hombres viejos. Se concluye planteando las relaciones mutuamente determinantes de las concepciones de envejecimiento y sexualidad, teniendo en cuenta el género, generación y la inserción de clase social. Al mismo tiempo, se señalan relaciones entre vejez, sexualidad y manifestaciones de virilidad, así como entre los modelos antagónicos de actividad y desvinculación por una parte, y sexualidad en la vejez por otra, advirtiendo cómo dichos modelos se mantienen cuando se analiza el comportamiento sexual en la vejez, y su confluencia en dicho análisis no es independiente del contexto cultural


Assuntos
Idoso , Envelhecimento , Brasil , Sexualidade
20.
Rio de Janeiro; s.n; 2000. 106 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-291140

RESUMO

Abordagem sobre envelhecimento, sexualidade e gênero masculino. Trata-se de estudo etnográfico sobre uma rede de sociabilidade, composta por homens septuagenários, pertencentes às camadas médias da cidade do Rio de Janeiro. Enfoca as representações sociais, normas e práticas relativas ao processo de envelhecimento e à esfera afetiva-sexual dos sujeitos estudados. Discute a abordagem tradicional da gerontologia, que apela para pressupostos sexológicos segundo os quais sexualidade e velhice são fenômenos universais, apoiando-se numa compreensão de que tais realidades são socialmente construídas. Verifica no universo pesquisado que as representações acerca da velhice, sexualidade e masculinidade são mutuamente dependentes


Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Idoso , Sexualidade , Brasil , Relações Interpessoais , Homens
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA